Tarifaço: fábrica do Paraná suspende envio de móveis para o exterior
06/08/2025
(Foto: Reprodução) Contêineres de móveis não embarcaram para os Estados Unidos
Contêineres com estofados produzidos em Arapongas, no norte do Paraná, não embarcaram para os Estados Unidos devido a nova tarifa de importação. A medida, imposta pelo presidente americano Donald Trump, entrou em vigor nesta quarta-feira (6).
A média do imposto de importação de móveis é de 10%. Com o tarifaço, passa a ser 50%.
Os móveis seriam enviados de Arapongas, principal polo moveleiro do estado, para Porto Rico, ilha caribenha que é território norte-americano. Sem o tarifaço, a encomenda já estaria a caminho.
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Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o empresário Jeferson Fernando Figueiredo disse que dois contêineres estavam prontos para embarque e um terceiro estava pronto para seguir viagem.
No entanto, o envio foi suspenso a pedido do cliente, por conta da sobretaxa.
“Nós estamos com o contêiner aqui, esperando os próximos capítulos do que vai acontecer”, contou.
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Oportunidade frustrada
Tarifaço dos EUA suspende exportação de móveis em cidade do Paraná
Reprodução/RPC
As negociações da empresa paranaense com o mercado norte-americano começaram há oito anos. Em 2024, as negociações se intensificaram e, neste ano, iriam colher os frutos dessa relação.
Mas o anúncio do tarifaço interrompeu o processo. Segundo o empresário, o mercado americano é muito complicado, devido a uma forte concorrência com a China.
“É difícil a gente concorrer com chineses em termos de preço e de competitividade”, contou.
Ainda que tenha essa disputa, o empresário comenta que possuem produtos com uma qualidade um pouco diferente.
" A gente estava conseguindo conquistar e abrir alguns espaços. Porém, agora, vamos ter que rever”, disse.
Parceiros comerciais na América do Sul
Alguns países da América do Sul também são parceiros comerciais da empresa, por isso ainda há vários contratos mantidos.
A diversificação de mercado pode ser uma saída em meio ao tarifaço, mas que deve demorar para dar resultados, segundo o empresário.
“Isso é um trabalho de médio e longo prazo”, explica o empresário Ricardo Kono.
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