Bebê sequestrada no PR: antes do sequestro, suspeita abordou família alegando que criança era vítima de maus-tratos, diz secretário
24/01/2025
Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, foi levada de casa na quinta-feira (23). Segundo polícia, suspeita se apresentou como agente de saúde. Suspeita de sequestrar bebê abordou família alegando maus-tratos, diz secretário
Antes de sequestrar Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, a suspeita abordou a família alegando que recebeu uma denúncia de maus-tratos à bebê, segundo disse o secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Teixeira, à RPC.
A menina foi levada na quinta-feira (23) pela suspeita, que se apresentou como agente de saúde, de acordo com a Polícia Militar. Relembre detalhes do caso abaixo.
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Conforme o secretário, o pai e a mãe da criança não possuem antecedentes criminais.
"O perfil das vítimas não é característico de uma situação de sequestro. São pessoas humildes, pessoas trabalhadoras. Nem o pai, nem a mãe tem antecedentes criminais. Mas nós não descartamos nenhuma possibilidade", afirma.
Os pais e tios da menina foram ouvidos no início desta sexta-feira (24), na sede do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial da Polícia Civil, em Curitiba.
Carro usado por suspeita não tinha placas
Reprodução
As buscas pela criança continuam nesta sexta e Teixeira garante que todas as forças policiais do país foram mobilizadas. Segundo ele, a inteligência da Polícia Militar está verificando câmeras de segurança para encontrar Eloah.
O secretário não deu mais informações sobre o caso para não atrapalhar o andamento da investigação.
Pessoas que tiverem informações sobre o paradeiro da sequestradora e da vítima podem contatar a polícia, de forma anônima, pelos telefones 181, 190 ou 197.
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O sequestro
O sequestro aconteceu no bairro Parolin. A suspeita do crime, segundo a família, vestia um avental e máscara sanitária. Ela chegou à casa da família por volta das 11h50 de quinta e se identificou como agente de saúde, de acordo com a mãe da bebê.
Conforme a polícia, a suspeita alegou que a mãe da criança, de 27 anos, precisava fazer um exame de sangue devido a uma denúncia.
Em entrevista à RPC, a avó da criança, Maria Isabel Alves dos Santos, disse que a sequestradora deu um líquido verde para a mãe da criança beber como preparação ao suposto exame. Em seguida, pediu que ela e a criança entrassem no carro.
Quando elas já estavam no veículo, a suposta agente pediu que a mãe prendesse a criança na cadeirinha.
No momento em que ela desceu do carro para arrumar a cadeirinha, a mulher acelerou, levando a criança e deixando a mãe para trás.
As forças policiais ainda não sabem a identidade da sequestradora. Ela levou a criança em um carro branco sem placas.
Eloah vestia uma roupa rosa e o veículo da suspeita é da marca Fiat.
O que diz a prefeitura
O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, disse ao g1 que está acompanhando o caso e reforçou que agentes comunitários e de endemias da Prefeitura estão sempre uniformizados de azul e portando crachá de identificação.
"É fundamental lembrar que esses profissionais nunca vão convidar ninguém para entrar em um carro. O atendimento acontece diretamente na casa do paciente ou é agendado para a unidade de saúde", afirmou.
Em nota, a prefeitura declarou que não há registro de atendimento à Eloah pelo Conselho Tutelar da Regional Portão, que atende o bairro Parolin. Apenas a irmã da menina foi atendida pelo órgão em 2022, devido a faltas escolares.
De acordo com a Fundação de Ação Social (FAS), a mãe de Eloah recebe Bolsa Família e o Cartão Comida, do Governo do Estado. No entanto, também não há registro de atendimento à família pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Portão, que oferta serviço para pessoas que vivem alguma situação de vulnerabilidade e risco social, segundo a FAS.
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