Motoristas que mataram pai e feriram criança durante racha no Paraná vão a júri popular, decide Justiça
11/11/2024
Gabriel Hass de Souza e Ryan Gabriel Kruger Malinoski respondem pela morte de Landerson Fernando Matyak. Defesa de Gabriel afirma que avalia necessidade de recorrer. g1 aguarda resposta da defesa de Ryan. Motoristas mataram pai e feriram criança durante racha no Paraná, diz MP
A Justiça decidiu que Gabriel Hass de Souza e Ryan Gabriel Kruger Malinoski, motoristas acusados de matarem um homem e ferirem o filho dele de 11 anos durante um racha em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná vão a júri popular.
O acidente aconteceu em março de 2023 na Avenida Visconde de Mauá - uma das principais da cidade - e câmeras de segurança registraram parte da movimentação dos carros em alta velocidade. Veja acima.
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Os dois motoristas são réus por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima. Ryan ainda responde por omissão de socorro e fuga do local do acidente.
Segundo o Ministério Público (MP), Landerson Fernando Matyak, de 31 anos, estava dirigindo um carro e foi atingido por um dos motoristas quando tentava fazer a conversão permitida entre a avenida e a Rua Caetano Vendrami. Ele morreu no local e o filho dele, que estava junto no veículo, sofreu diversas lesões. Relembre detalhes mais abaixo.
Landerson Fernando Matyak tinha 31 anos
Cedida pela família
Gabriel e Ryan se tornaram réus em junho de 2023 e, em primeira instância, a Justiça entendeu que não houve homicídio doloso.
Porém, o MP e os assistentes de acusação entraram com recurso e o Tribunal de Justiça do Paraná aceitou, determinando que os réus sejam julgados pelo Tribunal do Júri, entendendo que agiram com dolo eventual, assumindo o risco de produzir o resultado morte.
Em nota, Fernando Madureira, advogado que representa a família das vítimas, disse que os familiares ficaram satisfeitos com a decisão.
"Embora o julgamento e a eventual condenação dos acusados não repare nem de longe a perda da vida da vítima, pode servir para conscientizar que outros irresponsáveis deixem de praticar este tipo de competição em via pública, evitando que mais famílias sofram a dor de perder um ente querido", afirmou.
A advogada Regiani Araújo Ferreira, que representa o réu Gabriel Hass de Souza, disse que recebeu com tranquilidade a decisão e que avalia a necessidade de recorrer.
O g1 e a RPC aguardam resposta de Fabio Murari Vieira, advogado de Ryan Gabriel Kruger Malinoski.
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Relembre o caso
Réus por morte em racha na Av. Visconde de Mauá vão a júri popular em Ponta Grossa
O acidente aconteceu em 16 de março de 2023 por volta das 22h30.
Segundo a denúncia do MP, os motoristas fizeram um racha na Avenida Visconde de Mauá por pelo menos dois quilômetros.
"O denunciado Ryan, que trafegava na faixa da esquerda, pouco à frente do denunciado Gabriel, ao visualizar o carro de Landerson, mudou o curso da direção à direita, evitando a colisão em um primeiro momento. No mesmo instante, o denunciado Gabriel, que trafegava na faixa da direita, também mudou o curso da direção, indo à esquerda, momento em que teve seu campo de visão encoberto pelo veículo de Ryan, quando então ocorreu a colisão da parte frontal do seu veículo com a lateral do veículo conduzido pela vítima Landerson, que não teve tempo suficiente de reação em razão da alta velocidade empreendida pelos denunciados, muito acima limite estabelecido para via (60 km/h)', aponta o documento.
De acordo com familiares, ao perceber que o acidente iria acontecer, Landerson abraçou o filho, o que ajudou a criança a sobreviver.
O homem morreu na hora e o caso gerou manifestações na cidade.
Acidente gerou manifestações na cidade
Arquivo RPC
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