Pesquisa Revela Adoção Inicial de IA na Saúde Brasileira

  • 12/03/2025
(Foto: Reprodução)
Apenas 4% dos estabelecimentos e 17% dos médicos utilizam inteligência artificial, aponta estudo. Uma pesquisa recente divulgada pelo Cetic.br, no âmbito da TIC Saúde 2024, mostra que o uso de inteligência artificial (IA) ainda está em fase embrionária no setor de saúde no Brasil. De acordo com os dados, apenas cerca de 4% das instituições de saúde implantaram a tecnologia de forma institucionalizada, enquanto entre os profissionais, 17% dos médicos já utilizam ferramentas baseadas em IA. Crescimento em Unidades de Maior Porte O estudo destaca que a adoção de IA é mais expressiva em unidades hospitalares com internação e mais de 50 leitos, onde o índice de utilização chega a 16%, um salto significativo em relação aos 5% registrados no ano anterior. Nessas instituições, além da aplicação de IA para o diagnóstico e a gestão clínica, metade dos gestores relatam o uso de sistemas para aprimorar a segurança digital. Novas Ferramentas: IA Generativa em Destaque A coordenadora da pesquisa, Luciana Portilho, ressaltou a inovação trazida pelo uso de soluções de IA generativa, como ChatGPT e Gemini. Essas tecnologias, que analisam grandes volumes de dados, são empregadas para gerar conteúdos acessíveis, como textos explicativos para pacientes, imagens e até mesmo formulários e códigos de programação. “A IA reúne informações globalmente, permitindo que o profissional filtre o que é relevante, otimizando o tempo sem substituir a ação humana”, explicou Portilho. Ela também enfatizou a necessidade de que, idealmente, essas análises sejam baseadas em dados brasileiros, acompanhadas de uma regulamentação adequada. Utilização por Especialidade e Finalidades Entre os médicos, a adesão à IA generativa é de 17% em todo o país, com uma ligeira variação: 14% nos estabelecimentos públicos e 20% nos privados. Os recursos de IA estão sendo aplicados principalmente para apoiar pesquisas (utilizado por 69% dos profissionais) e para a elaboração de relatórios em prontuários (54%). Em hospitais com mais de 50 leitos, a tecnologia também é empregada por enfermeiros (23%) e médicos (21%), sendo as principais funções de apoio à pesquisa (86%) e à comunicação interna (66%). Além disso, os estabelecimentos que adotam IA apontam como aplicações mais comuns: Automatização de fluxos de trabalho (67%) Utilização de ferramentas de IA generativa (63%) Mineração de textos e análise de linguagem (49%) Por outro lado, entre as instituições que ainda não incorporaram a tecnologia, as principais barreiras identificadas foram a percepção de falta de necessidade (59%), a não prioridade para o setor (61%) e os altos custos envolvidos (49%). Impacto e Perspectivas para o Setor O estudo “Inteligência Artificial na Saúde: Diagnóstico Qualitativo sobre o Cenário Brasileiro”, lançado pelo NIC.br, aponta que a IA pode transformar significativamente a assistência médica ao: Expandir o acesso aos serviços de saúde; Aperfeiçoar a precisão dos diagnósticos; Reduzir a burocracia e otimizar processos administrativos; Apoiar a tomada de decisões clínicas, proporcionando diagnósticos mais rápidos e assertivos; Aumentar a capacidade de atendimento, especialmente em regiões carentes de especialistas; Mitigar desigualdades no acesso à saúde. Apesar de o setor privado liderar a adoção, o Sistema Único de Saúde (SUS) destaca-se pelo volume e diversidade de dados que pode oferecer, fator essencial para o desenvolvimento de algoritmos robustos. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) também é apontada como uma ferramenta com grande potencial para fomentar a integração e a aplicação de IA no país. Entretanto, desafios como a ausência de uma estratégia nacional unificada, questões regulatórias e a qualidade e integração dos dados permanecem como obstáculos a serem superados para uma implementação mais ampla da inteligência artificial na saúde. Transforme sua Instituição! Entre em contato com nossos especialistas e saiba como implementar soluções digitais que otimizam o cuidado e a gestão hospitalar. Entre em contato Riscos e Desafios Preocupações com a privacidade e a segurança das informações dos pacientes continuam sendo pontos críticos. O risco de vazamentos de dados sensíveis e a possibilidade de uso inadequado das informações geradas pelas ferramentas de IA são aspectos que exigem atenção constante. Além disso, a TIC Saúde 2024 também revelou avanços na segurança da informação, como o aumento do uso de criptografia em arquivos, e-mails e bases de dados, e a ampliação da adoção de certificados digitais. Contudo, menos da metade das instituições segue integralmente as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Saiba Mais! Acesse nosso Site e descubra como a tecnologia está transformando o setor de saúde. Leia Nosso Site

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/metodo-clinica-futurista/noticia/2025/03/12/pesquisa-revela-adocao-inicial-de-ia-na-saude-brasileira.ghtml


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